Chassi Competitivo: O que isso tem a ver com TI?

O ritmo e a complexidade das atividades desenvolvidas nas empresas vêm aumentando significativamente ao longo dos últimos anos. Com o advento da Internet, informações podem ser coletadas e disponibilizadas/enviadas com uma rapidez assustadora.

Processos inter-departamentais, equipes multidisciplinares atuando de maneira integrada em projetos comuns, dispersões geográficas de colaboradores, assim como a busca de organização e agilidade na otimização dos processos corporativos acabam por fornecer o pano de fundo para que a eficiência nos processos corporativos passe a ser um tema de extrema relevância para as empresas.

Tudo o que é produzido dentro de uma empresa, de uma maneira ou outra, acontece via algum processo (estruturado ou não). A padronização e otimização dos processos são, sem dúvida, elementos que contribuem para a eficiência empresarial, principalmente na medida em que aumentam a qualidade dos serviços e produtos finais, reduzem desperdícios com pessoal e burocracia, definem papéis e responsabilidades, mitigam erros etc… enfim, tratam de organizar o fluxo de informações por etapas a serem cumpridas, muitas vezes por pessoas distintas e com características e perfis complementares.

A eficiência da cadeia de informações depende, principalmente, da eficiência individual de cada um de seus elos, e, para tal, a necessidade, decorrente do cenário competitivo, exige níveis de performance cada vez maiores: fazer mais, com menos, mais rápido, com menores custos e tudo de maneira organizada e controlada.

Metodologias e tecnologias se fundem com processos. Áreas de negócio passam a ser “sócias” das áreas das áreas técnicas e a empresa passa a precisar qualificar os resultados desta interação.

A utilização do arsenal tecnológico viabiliza em grande parte esta problemática. Viabiliza, mas não resolve. Sistemas de gerenciamento de informações, bancos de dados e workflows, soluções de mobilidade, assim como a migração de sistemas (=processos) para plataformas tecnológicas, com controles e organização, permitem que atividades simultâneas e encadeadas sejam realizadas por pessoas onde quer que estejam.

Uma vez que sistemas são, ou deveriam ser, fruto de uma necessidade de negócios, e que os negócios antecipam e/ou acompanham flutuações e rumos dos mercados em que operam (muitas vezes imprevisíveis), a flexibilidade almejada nas regras de negócios depende, cada vez mais, da interação de seus usuários, inclusive permitindo que os mesmos possam, de alguma forma, realizar adequações nestas, sem que exista a necessidade de recorrer a investimentos e novos desenvolvimentos tecnológicos.

Por fim, o chassi de uma empresa é resultante da relação entre suas arquiteturas (processos, sistemas, tecnologias, fluxos) e suas fronteiras (sua amplitude e modelo de relação com cada agente de sua cadeia de valor).

Assim, modelos de negócios, processos/tecnologia e pessoas acabam por formar o tripé de sustentação e execução das estratégias corporativas, desempenhando a função tática da empresa. Quanto maior a aderência e resposta deste tripé às exigências e definições estratégicas da empresa, maior será a capacidade competitiva da empresa. Ou seja, quanto melhor o chassi, melhor a performance.

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