SelfApps: Um desafio para o Gestor de TI

Portal Convergência Digital – Março, 2014

 

O TechLab, da E-Consulting Corp., liberou o resultado do 7 Hot Techs 2014, com as tecnologias mais quentes que merecem atenção e a discussão estratégica dos executivos, investidores e analistas de negócios e de TI, principalmente, nestes próximos dois, cinco anos. Segundo Daniel Domeneghetti, sócio-fundador da E-Consulting, essas são tecnologias recomendadas para que os CIOs (Chief Information Officer), CTOs (Chief Technology Officer), CFOs (Chief Financial Officer), CMOs (Chief Marketing Officer) e CEOs (Chief Executive Officer) comecem a pesquisar, acompanhar e entender a partir de agora esses conceitos para que suas empresas se mantenham competitivas no futuro.

“Sempre reforçamos que, em geral, não são conceitos e tecnologias para adoção imediata em larga escala, mas sim para o estudo sobre o potencial emprego no médio prazo e sobre como fazer isso, quais suas implicações, restrições e seus benefícios”, pontua. Destacamos três que vão mudar o conceito dos CIOs. A BITS 2014 realizará a segunda edição do CIO Project. No evento, as ‘hot’ tecnologias estarão em debate. Saiba quais são elas:

SelfApps (BYOD em larga escala) – A massificação do mercado de aplicativos, tanto para o usuário final, como para o corporativo, será potencializada por tecnologias como Big Data, Componentização, EaaS (do inglês, Everything as a Service) e Cloud. Entretanto, com o desenvolvimento e a disponibilidade de gadgets conectados à Internet (principalmente, celulares, tablets, computadores e notebooks), todos multimídia, multiformato e abertos à colaboração nas redes sociais, o modelo que denominamos SelfApps tenderá a ser cada vez mais dominante como evolução dos CollaboApps, apontados no estudo do ano passado. A ideia é que o usuário comum seja cada vez mais usuário, co-desenvolvedor e disseminador dos Apps, abrindo espaço para a democratização da geração de receitas, a potencialização de games e modelos interativos, assim como a massificação da tendência chamada Bring Your Device (BYOD).

Consumer Driven Organizations (Áreas de TI se tornam Áreas-Fim em Produtos, Serviços, Inovação, Relacionamento, Canais, Conteúdos e afins) – As empresas estão e serão cada vez mais reféns de seus clientes. Dos sites de reclamação às redes de opinião e endosso, os consumidores mudarão as arquiteturas corporativas de fora para dentro, redesenhando seus chassis internos. Isso é uma consumer driven organization. Por exemplo, a TI, historicamente área de suporte e meio, se tornará cada vez mais fim; primeiro evoluindo (processo já em curso) como área estratégica (atendimento aos clientes internos – Foco no Cliente); depois – e essa é a tendência-chave – se tornando mais fim, atendendo aos clientes finais, usuários finais (Foco do Cliente), por desenvolver, desenhar, operar e gerir, no mínimo, em conjunto com o negócio, os produtos e serviços (válido para empresas que distribuem e comercializam seus produtos e serviços online – seja como canal, seja por download – como e-commerce, música, turismo, bancos, cartões, seguradoras, etc) e os canais, inovações e conteúdos (válido para todas as empresas em geral).

MCC – O Futuro da TI Corporativa- Cabe à TI propor arquiteturas, tecnologias, plataformas, modelos operacionais, sistemas e aplicativos capazes de viabilizar novos modelos de negócios, comerciais, novas dinâmicas de relacionamento com clientes, além, claro, de maximizar a eficiência operacional nas dimensões custos, tempos, prazos, riscos e perdas. Não esquecendo de considerar capacidade, pontualidade e qualidade das operações diárias, entregas de projetos, prontidão e time to market. A arquitetura operacional, proporcionada pela TI, agora determina a eficiência do modelo de negócio das empresas e sua capacidade de integração e colaboração com sua cadeia de valor, especialmente os clientes/consumidores. O futuro da TI Corporativa passa pela completa revisão e readequação estratégica de seu parque tecnológico (infra, sistemas, plataformas, aplicações, incluindo mainframe) para as chamadas tecnologias MCC – Mobility, Convergence and Collaboration. Com os fenômenos Cloud, ItaaS, BYOD e Big Data, não há como as empresas, no tempo, não redefinirem seus modelos transacionais, operacionais e relacionais para os padrões MCC.

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